Esta é uma notícia assustadora para mim.
Trabalho com a intimidade da vida das pessoas e sinto que a forma como se vive hoje em dia nos distancia cada vez mais da nossa essência, o que é um grande perigo, e que a grande maioria das pessoas anda muito insatisfeita e nervosa. Este artigo, infelizmente, corrobora o que tenho visto empiricamente. E se isso me preocupa nos adultos, mais preocupante ainda é o caso de crianças erradamente diagnosticadas e medicadas.
Enfim, este post sobre “O Perigo Dos Jovens e Tranquilizantes” é mais um desabafo e partilha de preocupação.
Que consigamos inverter esta tendência e que consigamos ser pessoas realizadas e satisfeitas com as suas vidas, é só isso que desejo.
Um beijinho.
“Portugal é um dos países europeus onde os jovens, com idades até aos 16 anos, mais consomem medicamentos tranquilizantes ou sedativos com receita médica.
De acordo com o estudo ‘European School Survey Project on Alcohol and other Drugs (ESPAD)’, que apresenta as grandes tendências de consumo de drogas e álcool por alunos com idades até aos 16 anos, entre 2011 e 2015, na Europa, a percentagem de consumidores de medicamentos sem receita médica encontra-se nos 6%, sendo mais baixa em Portugal, com 5%.
Porém, quando se trata de medicamentos tranquilizantes ou sedativos com receita médica, a situação inverte-se. Embora este consumo esteja estabilizado, o Portugal apresenta níveis mais elevados relativamente ao resto da Europa, de 13% e 8% respetivamente.
Segundo o estudo, em 2015, os países com maiores percentagens de consumos de medicamentos com receita médica foram a Letónia (16%) e Portugal (13%). E, relativamente ao consumo do mesmo género de medicamentos, mas sem receita médica, evidenciaram-se a Polónia (17%) e a República Checa (16%).
Outras conclusões ditam ainda que, a nível mundial, existem mais raparigas do que rapazes a consumir medicamentos.
Já em março, o ‘Estudo sobre os Consumos de Álcool, Tabaco, Drogas e outros Comportamentos Aditivos e Dependências-2015’, do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), tinha destacado esta tendência alarmanteem Portugal.
Na altura foi revelado que uma em cada cinco raparigas, com idades entre os 13 e os 18 anos, tomavam sedativos ou tranquilizantes, a maioria com prescrição médica, um indicador de que Portugal costuma estar acima da média europeia, de acordo com a autora deste estudo.”
Jovens portugueses entre os que mais consomem tranquilizantes