Bebés e Cães – E Sua Alimentação

4Ever3:baby
Antes de começar a ler este post quero partilhar consigo a premissa básica para a sua leitura. O que vou escrever a seguir não é uma opinião sobre o que está certo ou errado fazer, aliás não sou pessoa de achar nada certo ou errado, cada pessoa deve fazer aquilo em que acredita e que a deixa feliz.
Posto isto, decidi escrever este post porque muitas pessoas acham estranho a minha filha e cão serem vegetarianos. Sinto que a estranheza, hoje em dia, é mais pela curiosidade de como consigo fazer isso e dar tudo certo, do que por qualquer outro motivo.

Pois bem, com os cães é bem fácil, dou ração vegetariana, desta marca, e toda a espécie de frutas e legumes, exceto aqueles que é sabido fazerem mal aos animais ou os que o seu veterinário orientar.
Quanto à minha filha, sempre teve uma alimentação livre de carnes, de qualquer tipo, e recheada de todos os legumes, leguminosas, cereais, grãos, sementes, frutas, ovos e produtos derivados do leite.

Como consegui isso? Vou deixar-lhe aqui a minha experiência, que não é uma verdade absoluta, mas é uma realidade que está a funcionar de forma perfeita, basta ver o tamanho, peso, humor e desenvolvimento físico, cognitivo e de linguagem da minha pequena.
Então vamos lá:
– a primeira coisa que fiz foi informar-me e seguir as orientações de uma nutricionista com a qual me identifiquei e que nos acompanha sempre;
– tenho sorte que ela adora comer, o que ajuda muito, mas desde muito cedo dou-lhe a experimentar de tudo, comidinha sempre caseira, colorida, variada;
– não a deixo beliscar muito, ou seja, salvos algumas exceções que também são importantes, respeito o espaço de 3 horas entre cada refeição, privilegiando as mais importantes, o que faz com que ela tenha fome nos momentos que são para ter;
– sigo a lógica do exemplo, ou seja, se quero que ela coma bem, variado e saudável, temos de, enquanto família, fazer o mesmo. Imagine o que seria ela ter de comer uma comida e ver-nos a comer outra, ela vai querer a nossa, então sinto que funciona a consonância;
– assim como a minha mãe fez comigo, em casa não há coisas como refrigerantes, produtos industrializados, chocolates, na rua e de vez em quando podemos cometer as extravagâncias;
– sigo a lógica do proibido é sempre apetecido, então não proíbo nada, mas oriento e direciono;
– uma refeição de almoço ou jantar da Juju tem sempre: uma sopa, um grão, um hidrato de carbono, um ovo (por dia) e legumes (sendo que pelo menos um desses é verde escuro), comida sempre temperadinha, igual à nossa;
– o almoço e jantar terminam sempre com uma fruta, sendo que dou 3 peças por dia, e qualquer fruta, prefiro as da época, mas ela adora manga, papaia, kiwi, tangerina, maçã, cerejas e por aí vai, aliás ela ama fruta, o que ajuda também;
– o tipo de comida que fazemos aqui em casa é a típica comida da avó e da mãe, tanto portuguesa quando brasileira, aconchegante, temperada, só que sem as carnes;
– não uso soja, tofu, seitan e outros alimentos deste tipo, não tenho nada contra, só não sinto necessidade, nem gosto especialmente;
– a única coisa que suplemento é a vitamina D, no Inverno, e o Ómega3 (aqui em Portugal tem várias opções provenientes da linhaça ou de algas);
– e pronto, acho que lhe passei tudo.

Lido assim em formato de tópicos, para quem ainda não faz nada disso, parece uma tarefa gigante. O mais importante é primeiro só adotar algo porque acredita nesse algo, e depois ir com calma, devagar, sem pressas, para que consiga assimilar as mudanças aos poucos. Quando der por isso, esta será a sua normalidade e nem pensará ao colocar tudo em prática.

Por enquanto, e já se passaram dois anos, aqui por casa tem funcionado tudo lindamente, ou seja, a mensagem é: é possível. Claro que requer cuidado, paciência, prioridade, dedicação, mas a minha forma de pensar é a seguinte, a nossa alimentação é o nosso combustível, e é não só meu dever ensinar à minha filha hábitos saudáveis de vida, como é essencial que eu os siga também.

Um beijinho.

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