Quando o santo bate

Esses dias estava explicando para alguma amiga, não sei se era a Mari (acho que não) o que queremos dizer quando falamos que “o meu santo não bateu com o dele” ou quanto “o santo bateu com o dele”. Até onde eu saiba, essa expressão é muito brasileira, e está ligada às origens africanas do nosso povo, inspiradas no candomblé e religiões africanas, onde todos temos um santo.
Quando o santo bate é uma maravilha, você mal conhece a pessoa e já gosta dela, já pode levar para sua casa e viajar com ela, e sabe que vai dar certo.
Agora, quando o santo não bate, não tem jeito, você não consegue simpatizar e nem conviver muito com aquela pessoa, sem nenhuma explicação lógica.
E cá pra nós, nada é tão delicioso quanto você encontrar com alguém e o santo bater. Pode ser um prestador de serviços, um amigo de um amigo, um paquera… Tudo flui bem. Se eu vou na cabeleireira e o santo bate, ela pergunta: o que você quer fazer no cabelo? E eu respondo: Pode escolher. Eu sei que ela vai fazer bem feito e eu vou ficar satisfeita.
Agora, se o santo não bate, pode ser o melhor profissional do mundo e você não vai ficar satisfeito.
Eu particularmente procuro pessoas cujo santo bate para me relacionar de todas as formas, desde a pessoa que vai limpar a minha casa até dentista ou ginecologista. E quando o santo bate com um garçom? Inesquecível nosso garçom maravilhoso no Acropolis Museum, em Atenas! A vontade era perguntar se ele queria ser nosso amigo, e levá-lo na viagem conosco!

Por falar na cultura brasileira, você conhece esta palavra?

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