O bisfenol A (BPA) é um difenol utilizado na fabricação do policarbonato de bisfenol A, um tipo de plástico rígido e transparente.
O BPA consiste no monômero mais comumente empregado na fabricação de embalagens de alimentos. Além disso, é um dos componentes de resina epóxi encontrado no revestimento interno de latas para prevenir a ferrugem.
Embora o BPA seja considerado estável, já existem pesquisas que apontam que as ligações químicas entre as moléculas desta substância são instáveis, podendo haver o desprendimento destas e consequente contaminação dos alimentos que contêm o BPA em sua embalagem. Caso o plástico seja aquecido, a contaminação é muito maior.
Esta substância é proibida em diversos países, como Dinamarca, Costa Rica, Canadá e certos estados norte-americanos. No entanto, no Brasil o uso do BPA na produção de garrafas plásticas, mamadeiras, copos para bebês, dentre outra gama de produtos de plástico, só foi proibida no final de 2011 com prazo até o final de 2012 para que os produtos com este componente sejam retirados das prateleiras e estoques.
Há muitos anos, desde a década de 1930, já existe a suspeita de que o BPA seja prejudicial para a saúde. No ano de 2008, após diversos artigos do governo dos EUA contestarem sua segurança, alguns comerciantes removeram os produtos com BPA das prateleiras.
Este composto foi descoberto por um russo, chamado A.P. Dianin, no ano de 1891. Sua preparação é feita por meio da condensação da acetona com dois equivalentes de fenol. A catalisação da reação é feita pelo ácido clorídrico ou uma resina poliestireno sulfonada. Habitualmente, uma exacerbada quantidade de fenol é utilizada para garantir que ocorra condensação total.
O BPA foi utilizado primeiramente na fabricação de plásticos. Este é um monômero imprescindível na fabricação de resinas epóxi e plásticos policarbonato mais comuns. Este último é usado na produção de uma grande variedade de produtos, como garrafas de plástico, mamadeiras, equipamentos esportivos, dispositivos médicos e dentários, lentes de óculos, CDs, DVDs, eletrodomésticos, dentre outros. O BPA também é uso na fabricação de polissulfonas e poliéter cetonas, como antioxidante em certos plastificantes, e como inibidor da polimerização no PVC. Resinas epóxi compostas por BPA são utilizadas para revestimento interno de grande parte das embalagens de alimentos e bebidas.
O BPA pode causar danos ao organismo, pois funciona como um desregulador endócrino, alterando o funcionamento normal do organismo, exacerbando ou reduzindo a ação dos hormônios naturais do corpo. Estudos também revelam que esta substância está relacionada com o aparecimento de neoplasias e problemas cardíacos, bem como obesidade, problemas de fertilidade e hiperatividade. A preocupação maior é com as crianças de até um ano de idade, que ainda não apresentam um sistema imunitário completamente desenvolvido.
Existem formas de evitar o contato com o BPA, como:
- Alimentar os bebês com objetos de vidro ou BPA free;
- Armazenas alimentos em recipientes de vidro, porcelana ou aço;
- Evitar esquentar e esfriar alimento em recipientes de plástico, pois isso favorece a liberação de BPA;
- Evitar consumir alimentos e bebidas em lata, especialmente se esta estiver amassada, o que facilita a liberação do BPA;
- Potes de plástico com arranhados ou lascas devem ser descartados.
Fontes:
http://www.otaodoconsumo.com.br/bisfenol
http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/voce-sabe-o-que-e-bisfenol-a/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bisfenol_A
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