No outro dia, estava eu a ver o Telejornal (Jornal da Noite no Brasil), quando começou a passar mais uma das muitas notícias sobre a crise migratória dos refugiados.
Confesso que não consigo ver aquelas imagens, são demasiado chocantes e violentas, e imediatamente disse ao meu marido: “Que sensação de impotência não podermos fazer nada para ajudar.”.
Assim que proferi estas palavras senti-me uma hipócrita. Sou sensível a todo o sofrimento, seja ele humano ou animal, e passo mal quando vejo determinadas coisas. Mas faço-o de uma forma conformada, mentindo para mim mesma que não há muito que eu possa fazer. Mas há sim. Todos nós podemos fazer algo para ajudar os demais, sejam elas coisas grandes ou pequenas, o importante é fazer.
Foi nesse momento que decidi que no dia seguinte iria tornar-me doadora de medula óssea e que levaria o meu marido comigo. No fim das contas eu não posso ser, existem algumas restrições lógicas para quem tem uma doença crónica, mas o Leo ficou como doador. Ou seja, valeu a pena.
Doar medula é muito fácil. Se você mora em Portugal clique aqui para saber como fazê-lo. Se você mora no Brasil, clique aqui. Em relação aos demais países onde nos lêem não sei para onde orientar, mas se você souber diga-nos e nós divulgamos.
Se por outro lado você é como eu, que não pode doar, encontre algo que o preencha e que ajude o próximo. O importante é agir e ajudar.
Ah e não deixe para depois, senão vai acabar por não fazer.
Um beijinho.
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