Antes de começar este post, faço-lhe uma pergunta: Conhece esta estatística?
Estes números representam muitas pessoas com deficiência, mas estamos só a falar de deficiência visual, imagine dentre todas as existentes quantas pessoas não serão.
E já não basta lidarem com as suas limitações, a maioria ainda vive em lugares totalmente inacessíveis e despreparados para quem as tem.
Como já sabe sou muito sensível a estes temas e quando descubro mais uma inovação que ajuda quem precisa, fico verdadeiramente feliz e com esperança no curso da humanidade.
A inovação deste vez é o Project Annuit Walk (PAW). Passo a explicar.
A bengala é uma das formas que os deficientes visuais encontram para perceber o mundo e para se locomover com mais segurança. No entanto, isso não os impede de se acidentar em objetos que estão ao nível da parte superior do corpo e que dificilmente são identificados pelo toque da bengala. A pensar numa forma de tornar a vida dessas pessoas e os seus percursos mais seguros, um grupo de estudantes pernambucanos, criou o Project Annuit Walk (PAW), uns óculos que auxiliam a localizar possíveis obstáculos por meio de raios ultrassónicos num ângulo de 120°.
Num primeiro momento, a intenção era de substituir a bengala. Contudo, assim que entraram em contato com um maior número de invisuais, entenderam que isso não poderia ser possível. “Inicialmente, queríamos desenvolver uns óculos que substituíssem a bengala-guia. Quando fomos a campo, mudamos o projeto. Os cegos não queriam deixar a bengala. É o senso tátil deles. Por isso, tem um peso psicológico muito grande“, afirmou Emily Shuler, uma das participantes da equipe.
Dessa forma, estes óculos funcionarão como um complemento à bengala, analisando os objetos que estão pelo caminho e não só emitindo um alerta de perigo como também indicando o melhor caminho.
O projeto venceu o World Summit Youth Awards na edição de 2014, uma competição mundial promovida pela ONU.
O vídeo que lhe deixo aqui explica ainda melhor este projeto.
Beijinhossss.